Thursday, June 19, 2008

Unborn To Be Free

"Filho, você é uma criatura de sorte. Neste lugar maléfico e maldito, você tem o dom de ir e vir. A LIBERDADE de ir e vir. Que Teehk Nah abençoe seus trabalhos no exterior, agora vá, nosso regente o espera."

Com um beijo, a bela senhora com a cicatriz no seio do rosto se despede de seu primogênito, que apenas aos 19 anos de idade era conhecido como "Morte Liberta". Não apenas por sua exímia arte de "libertar a alma da prisão corpórea" de quem fosse necessário, mas também pela sua capacidade de sair da ilha. Slu Hathr, a ilha da penitência, não era apenas conhecida pela Cidadela do Mal, lar de inúmeros criminosos liderados por Teehk Nah, um sacerdote de Megalokk, mas também por uma maldição: Nenhum dos criminosos pode sair da ilha. Talvez por ter nascido na ilha e nunca ter sido condenado por crime algum, ou apenas acaso do destino, mas aquele jovem assassino não era afetado pela maldição, e exatamente por isso foi criado do jeito que foi. Alguém que pudesse lidar com os "desafetos comerciais" dos habitantes da ilha. Treinado na arte do assassinato, aquele jovem estava prestes a deixar a ilha a negócios. Se despedia da mãe, uma criminosa presa à ilha, e ia ao encontro de Teehk Nah, líder da Cidadela do Mal.

"Bom, parece que finalmente chegou a hora de descobrir se realmente seu dom é útil em alguma coisa." Disse o sacerdote. O jovem permanecia impassível, mas ainda sim, respeitoso em seu olhar fixo e frio.
"Seu primeiro alvo se localiza em Triumphus, você terá de invadir sua tocaia, eliminá-lo e escapar vivo. Se não conseguir se manter vivo, a liberdade que você tem aqui em Slu Hathr de nada servirá contra a maldição daquela cidade."
"O alvo será eliminado como ordenado, senhor." O jovem finalmente deu sinal de vida.
"Haha. Gosto dessa sua determinação. Bem, os selakos o guiarão em segurança até Havanah, de lá, é por sua conta."

Alguns dias depois, encontra-se em Triumphus. Mais precisamente, a poucos metros do alvo. Na sala ao lado. Os dois guardas que vigiavam o quarto não tiveram a chance de sentir a morte chegando, ela simplesmente chutou a porta. O caminho estava livre, o patife dormia feito pedra e roncava feito um porco, possívelmente não acordaria nem se a porta de seu quarto explodisse. Mas não ouve explosão, apenas um par de cliques e pela porta entreaberta deslizava um vulto. Aproximou-se, estufou a boca da vítima com um punhado de pano, embebido em veneno e tranquilizante. A vítima arregalou os olhos ao sentir a boca estufada, e com a visão embaçada, só pode ver um par de olhos e cabelos azuis. E ouvir as seguintes palavras:

"Para que sua podre alma não se prenda nessa existência vil, saberás o nome de teu executor e nada mais."
Hähkr-Hödjal

Finalizou o serviço perfurando uma pequena estaca pelo queixo, atravessando a massa de tecido, veneno, tranquilizante e saliva, e alojando a ponta no cérebro da vítima. Restava apenas sair daquele covil, sem problema. Já sabia o percurso dos guardas e as falhas da patrulha. Mas não havia considerado o fator azar. Quando passava pela ala dos serviçais, acabou dando de cara com um guarda que havia escapado do serviço para fornicar com uma faxineira. Degolar ambos não foi suficiente para evitar que a segurança do local estivesse ciente de sua presença. Podia ouvir gritos, ficando cada vez mais intenso. Os guardas se aproximavam. Tentou uma rota alternativa, mas não teve sorte. Estava cercado. Os guardas ainda perguntaram o que ele fazia alí. O que fizera com seu senhor. Mas antes que o tom de pergunta chegasse as vozes dos guardas, ele respondeu seco "Matei-o".
Lanças e espadas perfuraram sua carne, socos e pontapés quebraram-lhe os dentes e ossos. Desfalecia antes do massacre terminar.
Alvo eliminado.


O brilho do sol ardia em seus olhos recém abertos. Sua última lembrança era da dor da morte. Estava num beco e não sentia dor, não sentia falta de ar. Na verdade, não sentia o ar em seus pulmões, nem o sangue pulsar em suas veias, muito menos o calor de seu corpo. Examinou o corpo, estava frio e pálido, e vestido numa armadura adornada por crânios. Ouviu algo e, por reflexo, levantou-se. Um relinchar de cavalo, de um não muito saudável. O animal realmente não aparentava nenhum sinal de saúde, era esquelético, mas não demonstrava sinal de fraqueza. E possuía um brilho vermelho no vazio onde deveriam estar os olhos. A montaria estava trajada para guerra, e pendurada em suas rédeas, estava uma espada e um pequeno pergaminho enrolado. No pergaminho:

"Não desperdisse sua segunda chance."

A dúvida que o consumia o impeliu a subir no corcel. Nas rédeas, havia o nome "Kel-Thuzad". Deu dois tapas amigáveis na cabeça da criatura e saiu a galope pelos portões de Triumphus em busca de respostas.

1 Comments:

Blogger Rodrigo "Qu4resma" said...

Quando isso ainda estava só na minha cabeça, tava foda >_< Acho que as únicas coisas que prestaram foram o título e o nome verdadeiro do personagem que acabou por se chamar Arthas na primeira sessão da mesa. Nada relativo ao fato dele ser um morto-vivo, cavaleiro da morte e use uma espada bastarda fuderosa chamada Frostmourne e o pégaso morto dele se chame Kel-Thuzad Jr....

11:38 PM, July 03, 2008  

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