Photograph
"Tinha pego carona num caminhão de carga. "Sinto muito, mas aqui só tem espaço do lado das galinhas" Foi o que ele disse. O última parada era um tanto nostálgica. Em fatos, estava na minha cidade natal...
As mesmas lojas, as mesmas árvores, as mesmas orquídeas de primavera. A cada esquina, a cada avenida, a cada casa, todas me traziam flashes de quando era apenas um pequeno diabinho em sua inocência. A praça, que praça! Bons tempos aqueles de subir nas árvores e sentir o vento na copa das árvores. Sentei. Nesse mesmo banco eu dei meu primeiro beijo. Foi divertido, ela se levantou, correu e gritou "Agora se você conseguir me pegar eu te dou outro desse!". Ha! Sorte minha que estava acostumado a correr de valentões-brutamontes muito mais rápidos que ela. E estava tarde, era hora de ir pra casa...
Minha casa. Ainda não conseguiram vendê-la? Por que não tiraram essa placa de "Vende-se" mofada dessa casa-fantasma? Preciso de algum lugar pra dormir, e não vou arriscar dormir ai tendo a chance de acordar com um teto desabando sobre mim. Mas... Sim! Andei até o quintal e estava lá: Minha casa na árvore.
Subi cada degrau cautelosamente pra nçao quebra nada, me expremi um pouco e consegui entrar. Estava uma zona. Mas era perfeita. Desfiz meu saco de dormir ali mesmo e fechei os olhos...
Antes que pudesse pensar em dormir, me ergui. Fui até o tronco da árvore que sustentava a casa, e achei. Lá estava meu velho baú, trancado com seu velho cadeado. Quebrei o cadeado, abri o baú e pus-me a sorrir entre lágrimas.
Velhas fotos, alguns brinquedos e mais. Haha, lembro-me bem de cada uma dessas fotos, cada momento, cada segundo... Como foi difícil deixar esse lugar, mais difícil ainda seria ficar nele. Bons momentos, boas histórias, boas garotas e bons amigos. Todos se foram, e estou eu aqui, enrolado num saco de dormir, desejando que tudo fosse diferente, desejando não ter conhecido aquela garota, não ter comprado aquela arma, nem ter ganhado aquela bala de prata. Desejando não ter perdido a esperança de ter um dia melhor...
Tomei as fotografias comigo, abracei-as contra meu peito, e adormeci então...
Sábado, 12 de Novembro de 2005"
As mesmas lojas, as mesmas árvores, as mesmas orquídeas de primavera. A cada esquina, a cada avenida, a cada casa, todas me traziam flashes de quando era apenas um pequeno diabinho em sua inocência. A praça, que praça! Bons tempos aqueles de subir nas árvores e sentir o vento na copa das árvores. Sentei. Nesse mesmo banco eu dei meu primeiro beijo. Foi divertido, ela se levantou, correu e gritou "Agora se você conseguir me pegar eu te dou outro desse!". Ha! Sorte minha que estava acostumado a correr de valentões-brutamontes muito mais rápidos que ela. E estava tarde, era hora de ir pra casa...
Minha casa. Ainda não conseguiram vendê-la? Por que não tiraram essa placa de "Vende-se" mofada dessa casa-fantasma? Preciso de algum lugar pra dormir, e não vou arriscar dormir ai tendo a chance de acordar com um teto desabando sobre mim. Mas... Sim! Andei até o quintal e estava lá: Minha casa na árvore.
Subi cada degrau cautelosamente pra nçao quebra nada, me expremi um pouco e consegui entrar. Estava uma zona. Mas era perfeita. Desfiz meu saco de dormir ali mesmo e fechei os olhos...
Antes que pudesse pensar em dormir, me ergui. Fui até o tronco da árvore que sustentava a casa, e achei. Lá estava meu velho baú, trancado com seu velho cadeado. Quebrei o cadeado, abri o baú e pus-me a sorrir entre lágrimas.
Velhas fotos, alguns brinquedos e mais. Haha, lembro-me bem de cada uma dessas fotos, cada momento, cada segundo... Como foi difícil deixar esse lugar, mais difícil ainda seria ficar nele. Bons momentos, boas histórias, boas garotas e bons amigos. Todos se foram, e estou eu aqui, enrolado num saco de dormir, desejando que tudo fosse diferente, desejando não ter conhecido aquela garota, não ter comprado aquela arma, nem ter ganhado aquela bala de prata. Desejando não ter perdido a esperança de ter um dia melhor...
Tomei as fotografias comigo, abracei-as contra meu peito, e adormeci então...
Sábado, 12 de Novembro de 2005"