Nice To Know You
Era fim de outono. As folhas amarelas já sucumbiam a gravidade, os ventos eram mais frios e a esperança de um inverno bom crescia. Apesar da mudança estar óbvia, continuava tudo na mesma. As mesmas ruas, casas, calçadas e carros. Tudo parecia estar igual. Parecia...
Caminhava normalmente, decidiu andar um pouco mais para chegar em casa. Afinal, era sexta-feira. Precisava de um descanso. A caminhada começava a ficar cansativa em vez de prazerosa. Eis que algo lhe chama atenção. Melhor, alguém.
Seus cabelos negro-azulados dançavam com o vento que insistia em jogá-los cobre seu rosto. Um divino rosto. Agitava delicadamente enquanto tentava se concentrar num livro que se encontrava em uma das mãos. Na outra um copo de milk-shake que mecanicamente era levado a sua boca. Ela estava muito concentrada no livro. E ele nela. Três passos foram suficientes para que os se chocassem e chegarem ao chão juntos.
- Ah meu deus! Me desculpa, é que eu tava concentrada no meu livro e...
- Sem problema - ele interrompe - eu que tava muito distraído...
- Caramba, sujei você todo de milk-shake! Eu num acho que você vai gostar de ficar andando cheirando à ovo-maltine por ai, vai!?
- É meu sabor preferido - respondeu com um pequeno sorriso no rosto.
Um pequeno sorriso escapa por entre seu lábios, que logo se agitam novamente.
- Mas me deixa limpar isso, vamos lá em casa! Ordenou ela com o rosto corado.
Ele perdeu a oportunidade de dizer algo quando ela o puxou pela manga e o arrastou até sua casa.
Sem camisa, estava ele sentado no sofá da casa dela enquanto ela colocava sua camisa na máquina de lavar. Ainda não tinha processado bem a situação, mas ao que parecia, a linda garota o levara para sua casa. Ouviu passos, ela voltava.
- Ah - fala enquanto se joga na parte inocupada do sofá - não se preocupe que meus pais só chegam pela noite, ninguém vai aparecer e pensar coisas erradas com você ai sem camisa. Heh.
- Heh, é, acho que ainda não tive oportunidade mas, meu nome é Sérgio, e o seu?
- Eita, que cabeça a minha, eu sou Mariane, prazer Sérgio. Um belo sorriso brotou em seu rosto.
- O prazer é todo meu...
Aquela tarde foi muito interessante para os dois, conversaram por horas que até esqueceram do tempo e dos compromissos. Acabaram por sair juntos pra jantar aquela noite. Viam-se diariamente, e mais encontros, e cinco dias após o milk-shake, havia começado um belo relacionamento que parecia que ia durar. Parecia...
O inverno acabou.
Setembro, 19. Seu aniversário.
Estava feliz, havia planejado todo o dia: Acordava, ouvia os parabéns da família, tomava um banho, e saia logo em seguida ao seu encontro. Passariam o dia todo juntos. E ele teria o aniversário que sempre quis. Teria...
Já passara das da dez da manhã, ela estava quinze minutos atrasada. Finalmente, ela chega. Ele se caminha em sua direção com um enorme sorriso no rosto. Estava quase saltitando. Ela não, estava séria, e caminhando devagar. Sua expressão de felicidade foi bruscamente substituída por um híbrido de medo e ansiedade. Ela, mudando de semblante para um mais simpático, tomou iniciativa.
- Oiii, feliz aniversário! Abraçando-o.
- Oi-o-obrigado...
- E então, o que planejou para nós hoje? Ela aparenta estar animada.
- Na-nada de mais, só almoço e caminhada - Ele disfarça, e também finge estar animado - Mas vamos logo que a senhorita já desperdiçou quinze minutos do nosso dia!
Almoçaram e passsaram a tarde toda abraçados no parque que se conheceram. Que nostalgia. Era hora de ir, ele queria ficar mais tempo, furar a tal festa surpresa que haviam planejado para ele e continar ali com ela, e mais ninguém, a sós, juntos. Mas ela insistia. E ele cedeu.
Chegaram no fim da rua, ele seguia para norte, e ela para oeste. Beijaram-se, e antes que começassem a se separar, ele falou.
- Então, meu pais vão passar o dia fora amanhã, que tal pegar uns filmes e fazer uma sessão cinema em casa amanhã? - O semblante dela perdeu toda a felicidade naquele instante, ficou sério e frio.
- Não dá...
- Então, que tal próxima semana?
- Também não vai dar... Porque...
- Por que o que?
- É que... É que meu pai conseguiu uma promoção e vai mudar de emprego, e nós vamos mudar.
- Ah, então vocês vão morar em outro bairro?
- Em outra cidade... - Boom! Seu mundo desabou, estava pasmo e paralisado. Não conseguiu reagir. Ela o abraçou. Interrompeu, e disse enquanto se afastava.
- Foi bom te conhecer, adeus.
Ele continuou ali, imóvel, parecia não estar vivo, enquanto a via se afastar lentamente, e depois correndo. Dez minutos depois começou a chover, ele deixou a cabeça ceder a tentação da gravidade. Cabisbaixo, palavras escaparam por entre seus lábios.
- Goodbye... Nice to know you...
Caminhava normalmente, decidiu andar um pouco mais para chegar em casa. Afinal, era sexta-feira. Precisava de um descanso. A caminhada começava a ficar cansativa em vez de prazerosa. Eis que algo lhe chama atenção. Melhor, alguém.
Seus cabelos negro-azulados dançavam com o vento que insistia em jogá-los cobre seu rosto. Um divino rosto. Agitava delicadamente enquanto tentava se concentrar num livro que se encontrava em uma das mãos. Na outra um copo de milk-shake que mecanicamente era levado a sua boca. Ela estava muito concentrada no livro. E ele nela. Três passos foram suficientes para que os se chocassem e chegarem ao chão juntos.
- Ah meu deus! Me desculpa, é que eu tava concentrada no meu livro e...
- Sem problema - ele interrompe - eu que tava muito distraído...
- Caramba, sujei você todo de milk-shake! Eu num acho que você vai gostar de ficar andando cheirando à ovo-maltine por ai, vai!?
- É meu sabor preferido - respondeu com um pequeno sorriso no rosto.
Um pequeno sorriso escapa por entre seu lábios, que logo se agitam novamente.
- Mas me deixa limpar isso, vamos lá em casa! Ordenou ela com o rosto corado.
Ele perdeu a oportunidade de dizer algo quando ela o puxou pela manga e o arrastou até sua casa.
Sem camisa, estava ele sentado no sofá da casa dela enquanto ela colocava sua camisa na máquina de lavar. Ainda não tinha processado bem a situação, mas ao que parecia, a linda garota o levara para sua casa. Ouviu passos, ela voltava.
- Ah - fala enquanto se joga na parte inocupada do sofá - não se preocupe que meus pais só chegam pela noite, ninguém vai aparecer e pensar coisas erradas com você ai sem camisa. Heh.
- Heh, é, acho que ainda não tive oportunidade mas, meu nome é Sérgio, e o seu?
- Eita, que cabeça a minha, eu sou Mariane, prazer Sérgio. Um belo sorriso brotou em seu rosto.
- O prazer é todo meu...
Aquela tarde foi muito interessante para os dois, conversaram por horas que até esqueceram do tempo e dos compromissos. Acabaram por sair juntos pra jantar aquela noite. Viam-se diariamente, e mais encontros, e cinco dias após o milk-shake, havia começado um belo relacionamento que parecia que ia durar. Parecia...
O inverno acabou.
Setembro, 19. Seu aniversário.
Estava feliz, havia planejado todo o dia: Acordava, ouvia os parabéns da família, tomava um banho, e saia logo em seguida ao seu encontro. Passariam o dia todo juntos. E ele teria o aniversário que sempre quis. Teria...
Já passara das da dez da manhã, ela estava quinze minutos atrasada. Finalmente, ela chega. Ele se caminha em sua direção com um enorme sorriso no rosto. Estava quase saltitando. Ela não, estava séria, e caminhando devagar. Sua expressão de felicidade foi bruscamente substituída por um híbrido de medo e ansiedade. Ela, mudando de semblante para um mais simpático, tomou iniciativa.
- Oiii, feliz aniversário! Abraçando-o.
- Oi-o-obrigado...
- E então, o que planejou para nós hoje? Ela aparenta estar animada.
- Na-nada de mais, só almoço e caminhada - Ele disfarça, e também finge estar animado - Mas vamos logo que a senhorita já desperdiçou quinze minutos do nosso dia!
Almoçaram e passsaram a tarde toda abraçados no parque que se conheceram. Que nostalgia. Era hora de ir, ele queria ficar mais tempo, furar a tal festa surpresa que haviam planejado para ele e continar ali com ela, e mais ninguém, a sós, juntos. Mas ela insistia. E ele cedeu.
Chegaram no fim da rua, ele seguia para norte, e ela para oeste. Beijaram-se, e antes que começassem a se separar, ele falou.
- Então, meu pais vão passar o dia fora amanhã, que tal pegar uns filmes e fazer uma sessão cinema em casa amanhã? - O semblante dela perdeu toda a felicidade naquele instante, ficou sério e frio.
- Não dá...
- Então, que tal próxima semana?
- Também não vai dar... Porque...
- Por que o que?
- É que... É que meu pai conseguiu uma promoção e vai mudar de emprego, e nós vamos mudar.
- Ah, então vocês vão morar em outro bairro?
- Em outra cidade... - Boom! Seu mundo desabou, estava pasmo e paralisado. Não conseguiu reagir. Ela o abraçou. Interrompeu, e disse enquanto se afastava.
- Foi bom te conhecer, adeus.
Ele continuou ali, imóvel, parecia não estar vivo, enquanto a via se afastar lentamente, e depois correndo. Dez minutos depois começou a chover, ele deixou a cabeça ceder a tentação da gravidade. Cabisbaixo, palavras escaparam por entre seus lábios.
- Goodbye... Nice to know you...