Saturday, June 27, 2009

Memórias de um Escravo: Liberdade, Poder, Amizade e Destruição

Fodido. Literalmente, estava tudo fodido.

O mundo era um caos: Desespero e Loucura dominavam o mundo - que nem mais parecia ser mundo - o que era único e insubstituível havia sido destruído. Não fazia sequer um ano desde que seu reino(apesar de ser um rei, andava somente entre mendigos) havia sido atacado pela tempestade. Diabos! Não fazia sequer um trimestre que o inferno caiu do céu. A montanha voadora, o Rei dos dragões vermelhos, a cidade imortal, a terrível aliança goblinóide, a gigante estátua da deusa da humanidade; estavam todos desaparecidos ou destruídos. O Inferno avançava e não haviam muitos que pudessem fazer algo contra isso. Em resumo, haviam poucos
como ele.

Tinha sido nomeado Rei-Imperador do centro do mundo, regia também o antigo território do Rei Dragão, que agora permanecia icógnito e atuava como seu mentor. Não sentia vontade de reger a capital do mundo quando sabia que, em sua terra natal, pessoas comuns, como ele um dia foi, eram escravizadas por touros selvagens em forma humana. Abandonou seu palácio voador e foi lutar pela liberdade de seus conterrâneos. Era maliciosamente chamado de "O Terceiro" entre os três Reis-Imperadores do mundo, em alusão a um antigo deus esquecido e punido por um crime desconhecido. Não demorou muito até que - icógnito, pois não pretendia criar incidentes diplomáticos com o reino dos homem-touro - tivesse se tornado um líder entre a força rebelde dos escravos, para muitos deles, era um deus e só não o realmente era por falta de vontade: ainda não estava forte o suficiente para se tornar um deus, e desafiar o deus maior da escravidão, auto-proclamado deus da força, tinha total convicção que aquele deus era um fraco que temia que os outros soubessem disso. Durante uma rebelião, destruiu por completo a capital do reino dos touros, destruiu até um homem-touro emissário do Inferno. Ostentava sua cabeça de chifres quebrados e eterna expressão de medo pendurada na cintura e, apesar de ser uma imagem mórbida e cruel, inspirava coragem e esperança entre os ex-escravos, coragem e esperanças elevadas ao infinito, daí veio a alcunha: Infinito, Deus Menor da Liberdade. Mas tinha outros assuntos a resolver antes de reclamar seu posto entre os seres divinos. Viajou até a ilha dos dinossauros, onde agora reinava um deus dragão, um deus do poder, que se auto-entitulava Tirano.

O paradoxo constante criava uma tensão no ar: O Tirano e O Libertador se fitavam, o primeiro, altivo como só um deus dragão podia ser, se julgava mais forte e exibia-se constantemente, afinal, realmente era a criatura mais poderosa; enquanto o segundo, obssecado pelo poder que necessitava para conquistar a liberdade, oferecia um pacto ao Deus Dragão: Seria seu emissário maior, em troca apenas do poder que ele possuia e da chance de ter em mãos o artefato mais precioso do dragão, uma arma, uma lança que continha sua existência. Selado à Magia e Sangue, o pacto foi feito, e o Libertador teve seu corpo alterado por tanto poder, que teve que manifestar uma forma diferente. Recebeu uma aliada, uma parceira, uma jovem dragoa vermelha passaria a segui-lo e servi-lo em nome de seu deus. E partiram em busca de poder, e descobriram como manipular o próprio Inferno ao seu favor e usá-lo contra ele mesmo no intuito de extinguí-lo por todo sempre.


Mas tudo isso era passado. Agora estava apenas com seu melhor amigo, a dragõa e um bêbado que irônicamente era responsável por descobrir o caminho a seguir. Estavam embaixo da terra, tentando encontrar o secreto reino subterrâneo dos anões, que aparentemente descobriram como forjar a forma física do inferno em armas, capazes de destruí-lo. E finalmente, o esforço dava frutos.

Diante da visão maravilhosa do reino dos anões, ignorava as máquinas de guerra sendo postas em posição de combate, mirando apenas nele e nos outros três indivíduos que o acompanhavam. Esqueceu-se de seu propósito ali - apesar de não ter esquecido seu desejo louco pelo artefato, a lança, que agora mais que nunca era feroz e fulminante em seu coração - e só lembrou de todo caminho percorrido até o presente momento. Lembrava da estrangeira, que era Rainha-Imperadora assim como ele e seu melhor amigo eram Rei-Imperadores; do filho que ela carregava, que não sabia se o pai era o Rei-Imperador ou o Arauto do Inferno; o arauto do inferno que um dia fora seu amigo, fora um dia um servo do deus da ressurreição, que, prezando pela vida dele, do Libertador, entregou sua alma ao Inferno e ressurgiu como um de seus mais poderosos servos. Lembrou das circunstancias bizarras em que conhecera seu melhor amigo, que fora obrigado por magia a ser seu escravo mas não o era, pois o Libertador também fora escravo e não desejava essa vida a ninguém.

E então ouviu um estouro. As maquinas de guerra dos anões disparavam imensas pedras flamejantes em sua direção. Sacou sua espada, agora apelidada de Libertadora, e seguiu em frente cortando as pedras como papel e evitando revidar fogo, pois estavam ali com uma missão e essa missão não era de morte, mas sim de vida, não de uma vida qualquer, mas uma vida importante a todos.

A Vida do Mundo em si...

Saturday, May 09, 2009

R.I.P. Bikerboy

Em um instante, as possibilidades de dúvida cessaram de existir.

Friday, August 22, 2008

Why So Serious? 3D&T is BACK!

Bem, como não é todo dia que a vida te dá de presente um daqueles belos e deliciosos canoles de brigadeiro da delicatessen[padaria em língua de rico] da esquina, então vamos agradecer:

Como alguém em algum lugar no mundo deve saber, essa bela imagem contruída pela minha pessoa abusando dos adventos do Google e do MS Paint acabou por gerar um certo Concurso promivido por um certo Dr. Careca que todos estamos carecas de saber quem é[sim, trocadilhos infames são uma coisa legal de se abusar, especialmente pra irritar... e conseguir atenção]. Mas então, o que há de agradecer?
Bem, em primeiro lugar, agradecer pela volta do melhor sistema de RPG de todos os tempos, sem frescura nem viadagem como diria Keenn, que eu particularmente usurpei quando precisei de um "cano de escape" do mundo real e pra passar o tempo. A.k.a. pra desestressar e vadiar. E em segundo, pelo simples reconhecimento da parte de uma das poucas pessoas que eu admiro nesse mundo. Não por altruísmo ou grandes feitos. Mas simplesmente por que o cara é foda. E quem me conhece, sabe que eu não tenho costume de pagar pau pra quem não tem um par de cromossomos X. Também conhecidos como tetas-redondas-de-encher-a-boca-d'água. Sim, eu falo putaria. E quem não fala?
Pode parecer que eu sou só mais um nerd-otaku-fanboy-que-usa-as-plaquinhas-do-naruto-em-convenção-de-Anime/RPG. O primeiro eu gostaria de ser, o segundo talvez, e o terceiro nem fodendo... é, talvez fodendo. Mas quem se importa com o que parece? Eu admiro os caras que são sem dúvida 95% responsáveis pelo meu passatempo preferido por que ele simplesmente salvou minha vida. Salvou me do marasmo. Possívelmente me salvou da moda emo. Aleluia! Me fez até ter vontade de escrever mais só pra manter meu blog mais "ativo". Porra, até nisso. Yay for that!

Portanto, colaboram e participem:
http://doutorcarecalab.blogspot.com/2008/08/concurso-3d.html
Mais informações, procurar o Laboratório do Dr. Careca. Porque eu, bem, o Paint não vai me ser muito útil nessa corrida.

Sem mais, Cyaz. Ou talvez...

Cheers.


Rodrigo Quaresma, a.k.a. THE Quaresma.

Thursday, June 19, 2008

Unborn To Be Free

"Filho, você é uma criatura de sorte. Neste lugar maléfico e maldito, você tem o dom de ir e vir. A LIBERDADE de ir e vir. Que Teehk Nah abençoe seus trabalhos no exterior, agora vá, nosso regente o espera."

Com um beijo, a bela senhora com a cicatriz no seio do rosto se despede de seu primogênito, que apenas aos 19 anos de idade era conhecido como "Morte Liberta". Não apenas por sua exímia arte de "libertar a alma da prisão corpórea" de quem fosse necessário, mas também pela sua capacidade de sair da ilha. Slu Hathr, a ilha da penitência, não era apenas conhecida pela Cidadela do Mal, lar de inúmeros criminosos liderados por Teehk Nah, um sacerdote de Megalokk, mas também por uma maldição: Nenhum dos criminosos pode sair da ilha. Talvez por ter nascido na ilha e nunca ter sido condenado por crime algum, ou apenas acaso do destino, mas aquele jovem assassino não era afetado pela maldição, e exatamente por isso foi criado do jeito que foi. Alguém que pudesse lidar com os "desafetos comerciais" dos habitantes da ilha. Treinado na arte do assassinato, aquele jovem estava prestes a deixar a ilha a negócios. Se despedia da mãe, uma criminosa presa à ilha, e ia ao encontro de Teehk Nah, líder da Cidadela do Mal.

"Bom, parece que finalmente chegou a hora de descobrir se realmente seu dom é útil em alguma coisa." Disse o sacerdote. O jovem permanecia impassível, mas ainda sim, respeitoso em seu olhar fixo e frio.
"Seu primeiro alvo se localiza em Triumphus, você terá de invadir sua tocaia, eliminá-lo e escapar vivo. Se não conseguir se manter vivo, a liberdade que você tem aqui em Slu Hathr de nada servirá contra a maldição daquela cidade."
"O alvo será eliminado como ordenado, senhor." O jovem finalmente deu sinal de vida.
"Haha. Gosto dessa sua determinação. Bem, os selakos o guiarão em segurança até Havanah, de lá, é por sua conta."

Alguns dias depois, encontra-se em Triumphus. Mais precisamente, a poucos metros do alvo. Na sala ao lado. Os dois guardas que vigiavam o quarto não tiveram a chance de sentir a morte chegando, ela simplesmente chutou a porta. O caminho estava livre, o patife dormia feito pedra e roncava feito um porco, possívelmente não acordaria nem se a porta de seu quarto explodisse. Mas não ouve explosão, apenas um par de cliques e pela porta entreaberta deslizava um vulto. Aproximou-se, estufou a boca da vítima com um punhado de pano, embebido em veneno e tranquilizante. A vítima arregalou os olhos ao sentir a boca estufada, e com a visão embaçada, só pode ver um par de olhos e cabelos azuis. E ouvir as seguintes palavras:

"Para que sua podre alma não se prenda nessa existência vil, saberás o nome de teu executor e nada mais."
Hähkr-Hödjal

Finalizou o serviço perfurando uma pequena estaca pelo queixo, atravessando a massa de tecido, veneno, tranquilizante e saliva, e alojando a ponta no cérebro da vítima. Restava apenas sair daquele covil, sem problema. Já sabia o percurso dos guardas e as falhas da patrulha. Mas não havia considerado o fator azar. Quando passava pela ala dos serviçais, acabou dando de cara com um guarda que havia escapado do serviço para fornicar com uma faxineira. Degolar ambos não foi suficiente para evitar que a segurança do local estivesse ciente de sua presença. Podia ouvir gritos, ficando cada vez mais intenso. Os guardas se aproximavam. Tentou uma rota alternativa, mas não teve sorte. Estava cercado. Os guardas ainda perguntaram o que ele fazia alí. O que fizera com seu senhor. Mas antes que o tom de pergunta chegasse as vozes dos guardas, ele respondeu seco "Matei-o".
Lanças e espadas perfuraram sua carne, socos e pontapés quebraram-lhe os dentes e ossos. Desfalecia antes do massacre terminar.
Alvo eliminado.


O brilho do sol ardia em seus olhos recém abertos. Sua última lembrança era da dor da morte. Estava num beco e não sentia dor, não sentia falta de ar. Na verdade, não sentia o ar em seus pulmões, nem o sangue pulsar em suas veias, muito menos o calor de seu corpo. Examinou o corpo, estava frio e pálido, e vestido numa armadura adornada por crânios. Ouviu algo e, por reflexo, levantou-se. Um relinchar de cavalo, de um não muito saudável. O animal realmente não aparentava nenhum sinal de saúde, era esquelético, mas não demonstrava sinal de fraqueza. E possuía um brilho vermelho no vazio onde deveriam estar os olhos. A montaria estava trajada para guerra, e pendurada em suas rédeas, estava uma espada e um pequeno pergaminho enrolado. No pergaminho:

"Não desperdisse sua segunda chance."

A dúvida que o consumia o impeliu a subir no corcel. Nas rédeas, havia o nome "Kel-Thuzad". Deu dois tapas amigáveis na cabeça da criatura e saiu a galope pelos portões de Triumphus em busca de respostas.

Friday, May 02, 2008

Blades Up, Blades Down

Face the mirror. Dude, you're face is dirty. Clean it up!
Pouring the shaving cream on the face is simple but what comes next... is still simple. Just annoying... Way too annoying. But still, gives you some time to think. "Think about what?" you ask, "Whatever you like" I answer. How's school going, how long are you staying without a girlfriend, how long are you gonna keep just having fun and not dealing with your duties... Damn, dude, you're fucked up.

Blades up, blades down, clean'em.

Geez, it's taking so long. Dude, buy yourself a damn eletric razor. Seriously!
Same shit all over. Once a week, don't wanna even imagine how it's gonna be when I reach the point of doing it everyday... Damn dude, you're only half way done? Speed it up!

Blades up, blades down, clean'em.

Watch out. Dude, you'll end up cutting off another spine. C'mon!
Oh crap, there goes another spine... Dude, I told ya.

Blades up, blades down, wipe the blood, clean'em.

Hey, what's that in the mirror? Is it what I'm thinking!? REALLY?!
Finally, it's over. I'm done. Err? What's that?


On the mirror, the image of a brunette wrapped on a towel steps near the door.
"Do you need some help with that, dear?" She says.
"Actually, I need help with something else..."

The towel goes down... So goes his underwear.

Sunday, February 24, 2008

The Dead should stay dead... or not.

Hell-O shitty ass motherfuckers!

How the fuck have you been doing?
Have you been fucking around a lot?
Have you been fucking that round a lot?

So get ready for some interesting-inspirated-intoxicating-impossible-inhaled-inacredibelievable piece of crap! Written thoughts by the one who speaks[or writes? types?] wishing to be heard[read?] by some morons that would worship him for a couple cuss words.

HA HA! Mission accomplished, return to the base and set up for the next stage.

Monday, July 02, 2007

Rain

Sentado ao lado da porta, largado feito um sem-teto bem vestido e ensopado feito um mendigo sem ponte. Chovia forte sobre ele, que não podia entrar porque não havia ninguém em casa. Muitos já teriam arrombado a porta ou arrumado alguma coberta, mas ele apenas sentou, e abriu um sorriso.
Alguém sob um guarda-chuva imenso e negro caminha em direção a porta. Enquanto sua mão aventurava-se pela bolsa à procura da chave, não notava um rapaz sentado ao lado de sua porta. Ao por a chave na fechadura, se assusta:

- Aaahh! Puta que pariu! Que susto, o que você tá fazendo aí debaixo desse toró?!
- Você acabou de responder...
- Oh droga, esqueci que você ia vir aqui hoje! Eu devia ter avisado que eu... Me desculpa!
- Amor, olhe bem pra minha cara. Eu pareço ofendido?
- Mas eu te fiz ficar aí na chuva por sei lá quanto tempo!
- 2 horas e 47 minutos.
- Ah meu deus, vamos, entre!
- Por quê?
- Ah mas que diabos, você tá zoando com minha cara né?! Entra logo antes que eu te chute, vagabundo.
- Querida, olhe ao seu redor. A vista é linda. Está tudo calmo, ninguém na rua, só a chuva e sua sinfonia acalmante.
- ... Tá, então não vai entrar mesmo né?
- Não.
- Então tchau.
- Eu te amo.

Ela abriu a porta, jogou a bolsa e o guarda-chuva e sentou ao seu lado, com a cabeça apoiada em seus ombros.






Ps.: Não saiu como eu queria T.T